CONTER Conselho Nacional de Técnicos em Radiologia

A diretoria executiva do Conselho Nacional de Técnicos em Radiologia (CONTER) desistiu de fazer o 6º Congresso Nacional e 3º Intercâmbio Internacional dos Profissionais das Técnicas Radiológicas, que seria realizado em São Paulo, em outubro deste ano. A justificativa é simples: após análises sobre o orçamento necessário para realizar o projeto, a  equipe  técnica chegou à conclusão de que esse tipo de evento é muito caro e beneficia a poucas pessoas. Sendo assim, os gestores da instituição decidiram repensar a política de financiamento para congressos científicos, tendo como proposta a ideia de usar as novas  tecnologias para reduzir custos e para atender mais profissionais, pesquisadores e estudantes.

No lugar de fazer apenas um grande congresso científico a cada quatro anos, o presidente do CONTER, Manoel Benedito Viana Santos, pretende lançar um edital de financiamento para eventos científicos anuais, no qual profissionais, estudantes, pesquisadores e instituições poderão inscrever projetos de seminários, workshops e congressos a serem realizados em todas as regiões do país na Semana da Radiologia. Por meio desse processo seletivo, o CONTER poderia fazer aportes de 1, 5 e 10 mil reais para financiar eventos que atendam um número maior de pessoas. Em contrapartida, a instituição teria o direito de indicar palestrantes e atividades dentro das programações científicas. “Elaboramos uma proposta e vou apresentá-la às conselheiras e aos conselheiros na próxima reunião plenária. No que depender de mim, podemos adotar essa política já a partir deste ano”, afirma. 

Segundo o diretor-tesoureiro do CONTER, Abel dos Santos, o investimento necessário para fazer um congresso nos moldes atuais, para apenas 1 mil pessoas, varia entre R$ 400 e R$ 700 mil. “Isso sem falar no custo de passagens aéreas e hospedagens, entre outras despesas que oneram demais os participantes. Isso não é mais necessário para fazer intercâmbio científico. Atualmente, já é possível realizar um congresso virtual com transmissão pela internet, sem custos exorbitantes. As pessoas não precisam mais vir até nós, nós podemos ir até elas. Temos condições de oferecer o mesmo conteúdo, com qualidade e certificação. Vamos procurar investir nisto”, assegura.

Esse tipo de mudança estratégica já vem sendo adotada no CONTER ao longo dos últimos dois anos. “Quando assumimos a direção da instituição, verificamos que se gastava mais de R$ 200 mil para imprimir e enviar apenas uma edição da revista institucional. Era um veículo de comunicação lento, pouco informativo e muito caro. Acabamos com isso, reestruturamos as redes digitais de comunicação e, hoje, com menos de 1% desse orçamento, conseguimos oferecer informação segura, completa, confiável e em tempo real para o público. Podemos adotar a mesma tecnologia para democratizar a realização e o acesso aos eventos científicos”, finaliza o diretor-secretário do CONTER, Adriano Célio Dias.