EDUCAÇÃO

Conheça as modalidades de cursos e escolha a melhor opção para a sua carreira

Romário Costa / Ascom CONTER
17/06/2019
EDUCAÇÃO

Especialistas pedem atenção na hora da decisão: é necessário saber o que está sendo contratado e qual o aproveitamento do curso no mercado

A formação educacional de um profissional não se encerra na conclusão de um curso, seja ele técnico ou superior. Em circunstâncias atuais, a busca constante por capacitação é um dos diferenciais que fazem o profissional se destacar no mercado de trabalho. “Os acadêmicos devem compreender que se trata de um processo evolutivo, cuja complementação deve ser permanente. Não se trata de uma particularidade da profissão e, sim, de um compromisso que o estudante e, por conseguinte o profissional, assume com a sociedade”, assim sintetiza o tecnólogo em Radiologia e mestrando em dosimetria, professor Bergman Munoz.

Os cursos de Radiologia colocam no mercado dois perfis profissionais: técnico (de nível médio) e tecnólogo (de nível superior). Mas além da formação básica, o que fazer para turbinar o currículo? Pós-graduação, especialização, cursos livres... a oferta é variada, por isso é importante entender a finalidade de cada um deles para não ter erro na escolha que melhor se adapte aos seus objetivos.

Profissional de nível técnico

A presidente da Coordenação Nacional de Educação (Conae), Silvia Karina Lopes da Silva, esclarece que as possibilidades variam de acordo com a formação inicial, com a profundidade a que se pretende alcançar e com o foco da carreira, se mercadológico ou acadêmico, por exemplo. “A Radiologia possui 5 áreas de atuação – radioterapia, radioisotopia, industrial, medicina nuclear e radiodiagnóstico. O curso de técnico em Radiologia comum te habilita a trabalhar, apenas, no setor de radiodiagnóstico, que compreende raio X convencional, mamografia, tomografia, ressonância, radiologia veterinária e odontológica, entre outros campos. Para atuar nas outras subáreas, o técnico precisa ter um diploma de especialização”, explica.

Neste contexto, surgem os cursos pós-técnicos. “A especialização técnica na Radiologia qualifica o profissional a trabalhar em um campo de atuação diferente daquele que você se formou. Trazendo para nossa área, é dizer que o técnico em Radiologia poderá atuar na radioterapia caso se especialize nessa área”, esclarece o conselheiro federal do CONTER Sandoval Kehrle, que também é membro da Conae.

Kehrle ressalta, ainda, que os cursos pós-técnicos de especialização estão sujeitos ao controle das secretarias de educação, assim como os técnicos. Além disso, apenas as instituições que já possuem curso de técnico em Radiologia devidamente regulamentado estão autorizadas a ofertar especialização.

Nível superior tecnológico

Já profissional de nível superior possui formação plena, ou seja, ao concluir o curso, está apto a trabalhar em todas as áreas da Radiologia, explica Silvia Karina. “Na educação superior, para além da formação inicial, os cursos de pós-graduação, além de aumentar a competitividade no mercado, também são a porta de entrada para uma carreira acadêmica; a partir daí, as oportunidades são infinitas”, avalia a presidente da Conae.  

Por meio da pós-graduação, o tecnólogo poderá se especializar em determinadas áreas de atuação, em duas modalidades de ensino:  lato sensu e stricto sensu. As pós-graduações lato sensu incluem programas de especialização e os cursos MBAs (Master Business Administration), votados para a gestão. Já as stricto sensu compreendem os programas de mestrado e doutorado.

Cursos livres

Heber Almeida Carvalho, membro da Coordenação Regional de Educação do CRTR do Espírito Santo (CRTR13), explica que os cursos livres recebem o título justamente pela ausência de regulação do poder público. Ele informa, contudo, que podem ser uma boa oportunidade para aqueles que ainda não definiram qual caminho seguir na Radiologia. “Esses cursos podem ser feitos, inclusive, por quem ainda não ingressou no curso de técnico ou tecnólogo. É uma forma de o futuro profissional conhecer melhor diferentes áreas e também de melhorar o currículo”, afirma.

No mesmo sentido, pensa o professor Bergman. “Estima-se que os formados necessitam dar continuidade aos seus estudos, muito em face de complementação curricular. Os locais somente irão chamar para uma entrevista, aqueles candidatos que demonstram interesse em atuar naquela respectiva área”, pondera.

Heber, contudo, ressalta a importância de não confundir essa modalidade de cursos com especialização. “Como não existe uma carga horária definida, eles podem ter duas horas de duração, como também pode ter 360. Porém, o que o difere da especialização é o controle por parte dos órgãos do Sistema Educacional”, informa. Não existe nesses cursos a emissão de diplomas ou certificados com valor de título de grau. Os documentos têm apenas valor de participação.

As Secretarias Estaduais e Municipais de Educação são órgãos responsáveis pelo controle das instituições de ensino técnico. Informações sobre a oferta e validade do diploma podem ser consultados pelo site do Sistec, do Ministério da Educação: https://sistec.mec.gov.br/.
 
No caso dos cursos superiores, as instituições passam pelo crivo do Ministério da Educação (MEC). No site http://emec.mec.gov.br, é possível consultar a situação de instituições de educação superior e de cursos de graduação.