JUSTA HOMENAGEM

CONTER condecora pioneiros com honraria máxima da profissão no Brasil

Assessoria de Imprensa
09/01/2012
JUSTA HOMENAGEM

A eles, toda a honra!

O ponto alto do IV Congresso Nacional e 1º Intercâmbio Internacional dos Profissionais das Técnicas Radiológicas, realizado em Florianópolis de 28 a 30 de outubro de 2011, foi a homenagem prestada a oito dos maiores pioneiros da Radiologia no Brasil. Os senhores Amilton Guerra Vieira, Hermogenes Soares dos Santos, Vicente Marchetti, Joedson Carvalho, Plínio Fiorelo Denardi, Aldo Vidal dos Santos, Jorge Bezerra Espíndola e Paulo Cesar Ramos Dorzee foram condecorados com a Medalha CONTER Wilhelm Conrad Röntgen, pelos relevantes serviços prestados à Radiologia e ao Brasil. Esses homens foram os primeiros a lidar com a tecnologia, numa época em que muito pouco se sabia sobre os riscos decorrentes da profissão. Conheça, a seguir, o perfil e um pouco da história desses precursores.

 

 

 

AMILTON GUERRA VIEIRA
87 anos de idade
Mais de 40 anos dedicados às técnicas radiológicas
Casado com Maria de Lourdes Lima Vieira, tem dois filhos
Recebeu a missão de ensinar as técnicas radiológicas em Brasília
Esse carioca de alma brasiliense levou um tempo até se encontrar

Sua primeira profissão foi de telégrafo, numa companhia de linha de ferro. Em resumo, sua função era se comunicar por meio do código morse, uma linguagem de pontos, espaços e traços que ajudava na interlocução entre uma estação e outra. Seu trabalho seguinte foi no comércio carioca, mas nem lá se sentia completo. Foi aí que conheceu o doutor João Cabral, um médico radiologista que lhe ofereceu a oportunidade de fazer um curso na área. Tinha que pagar mas, mesmo assim, Amilton não exitou e fez o curso, no Hospital do Câncer do Rio de Janeiro. Mas não foi o curso que lhe ensinou e sim, a prática. Ele lembra que, curioso, perguntava aos funcionários do hospital como as coisas funcionavam e respondiam: “não sei, o doutor vem aqui, fala que é assim, e nós fazemos”. Insatisfeito com as explicações razas, foi buscando respostas que Amilton se aplicou nas ciências, nas pesquisas, nos livros etc. Em 1960, um operador de raios X de Brasília havia ído ao Rio de Janeiro, se qualificar melhor, pois não dominava bem as técnicas e já trabalhava. Sabendo da nova epopéia que se montava em pleno planalto central, Amilton recebeu o convite do novo amigo e veio ensinar as técnicas radiológicas no centro do Brasil. Tudo era muito difícil na época. Não havia livros, materiais, nada que o permitisse continuar se qualificando e ensinando aos novos profissionais. Tanto que, para continuar evoluindo nesse sentido, começou a providenciar a tradução de livros estrangeiros. Trabalhou por 30 anos no Hospital de Base de Brasília, antigo HDB. Ironia do destino,vez na vida também se tornou paciente. Em 1994, se curou de um câncer no intestino, depois de cinco operações. Não atribui sua doença à profissão, acha que é coisa da vida, mas afirma que viu muitos médicos e técnicos morrerem por conta das radiações ionizantes.

 

HERMOGENES SOARES DOS SANTOS
63 anos de idade
32 anos dedicados às técnicas radiológicas
Casado, 4 filhos e 6 netos
Primeiro operador de raios X do interior do Ceará

Nasceu em Redenção (CE) e, ainda criança, mudou-se com a família para a capital cearense, onde cursou Radiologia, na Faculdade de Medicina de Fortaleza (CE). Começou sua carreira em 1968 e, dois anos depois, aceitou o desafio de ser o primeiro operador de raios X no interior do Ceará. À época, enfrentou desafios relacionados à cultura do povo e à falta de clareza sobre aquela novidade. Num primeiro momento, as pessoas se recusavam a fazer o exame radiológico, com medo daquilo lhe fazer mal. Vencida essa barreira e criada a consciência sobre a segurança e necessidade do procedimento, ele haveria de vencer o senso comum para poder tocar no paciente, que não aceitava contato nem na hora de acertar o posicionamento na maca. Tempos difíceis aqueles. Quando indagado sobre seu passado, remonta orgulhoso o futuro que conseguiu oferecer aos filhos. Dois deles decidiram seguir os passos do pai e hoje são profissionais da área da saúde. Certamente, não enfrentaram uma realidade tão dura quanto a de Hermogenes, um homem de raízes, que de 1970 até 2000, trabalhou no mesmo posto, no Instituto de Radiologia do Cariri. Talvez trabalhasse lá até hoje, se o dono não tivesse decidido fechar o negócio. Ao tempo em que exauta seu mestre, o Doutor Denísio, com quem deu os primeiros passos nos ídos de 1968, relembra os incontáveis aprendizes que ensinou ao longo da vida, com o objetivo de popularizar os serviços radiológicos em toda a região. Na época em que atuava sozinho, não tinha horário de trabalho, esse tempo era delimitado pelo tempo que durasse o dia e a necessidade das pessoas. Quantas e quantas vezes saiu de casa de madrugada para atender uma emergência. Ciente do compromisso social que assumira ao aceitar o trabalho, nunca negou atendimento a quem quer que fosse. E quem quer que seja na região o conhece e o admira, por ter dedicado sua vida à sua obra.

 

JOEDSON CARVALHO
57 anos de idade
38 anos dedicados às técnicas radiológicas
Casado há 33 anos, tem uma filha
Pioneiro das técnicas radiológicas no Rio Grande do Sul

Nasceu em Itabuna (BA), viveu 35 anos no Rio Grande do Sul e nos últimos três anos, mora em Florianópolis (SC). Sabemos isso. Já o que aconteceu neste meio tempo um livro inteiro não seria suficiente para contar. Mas tudo aconteceu por acaso. Em 1973, o amigo Hélio Póvoa, que era técnico em Radiologia, lhe convidou para conhecer Rio Grande do Sul. Joedson foi e, quando se deu conta, já estava fazendo abreugrafias em uma empresa particular. Começou a se envolver com o aprendizado das técnicas radiológicas, estudando a pouca literatura existente à época e participando de diversos cursos, encontros, simpósios, congressos e outras atividades de aprendizagem. Durante a carreira, passou pela Santa Casa de Rio Grande do Sul, Hospital Beneficência Portuguesa do RS e pelo Hospital Universitário do RS, onde se aposentou. Prestou serviços na Marinha do Brasil de 1984 até abril de 2011. Como professor, trabalhou na Faculdade Santa Clara (FASCLA) e no Colégio Albert Einstein. Ao final da entrevista, perguntamos se tinha alguma pergunta que não foi feita, Joedson foi enfático, queria falar aos jovens: “Primeiro, quem se dedica a esta profissão tem que amá-la. Segundo, transmita seus conhecimentos aos colegas que necessitam, pois somente assim você e a profissão crescem. Terceiro, ofereçam o máximo de amor e dedicação ao ser humano que necessita dos nossos conhecimentos para tratar uma enfermidade. O paciente chega, na maioria das vezes, fragilizado física e psicologicamente, carecendo não só dos nossos serviços, mas da nossa atenção e carinho. Por último, não se contentem apenas com a conclusão do curso, busquem o aperfeiçoamento constante, realizando cursos e participando dos encontros patrocinados pelas entidades de classe e instituições de ensino, pois somente assim você será reconhecido como um verdadeiro Profissional”, concluiu. Não precisa dizer mais nada.

 

VICENTE MARCHETTI
71 anos de idade
53 anos dedicados às técnicas radiológicas
Casado, tem três filhos
Construiu sua carreira em Belo Horizonte e São Paulo

A vida desse mineiro-paulista não teve fronteiras. Nasceu em Belo Horizonte, em 1939. Foi para São Paulo trabalhar e estudar as técnicas radiológicas em 1957. Lá, ficou até 1976, quando decidiu voltar a Minas Gerais e casar-se com Maria Eunice, com quem teve duas filhas e um filho. Até se aposentar, em 2009, Vicente passou por nada menos que 19 empresas, tanto do setor público quanto do setor privado. Nesse meio tempo, ele participou de 14 cursos, simpósios e congressos especializados. Não bastasse toda essa bagagem, nosso personagem também tem um histórico de lutas em defesa dos interesses coletivos na Associação dos Técnicos em Radiologia de São Paulo (ATRESP) e no Conselho de Técnicos em Radiologia de Minas Gerais (CRTR 3ª Região). Vicente recebe esta homenagem como recompensa pelo meio século de trabalho, no entanto, dedica o título às pessoas que estiveram ao seu lado todo esse tempo: em São Paulo, ao irmão Luiz, que também foi técnico em radiologia, e ao amigo Haroldo Leite da Silva, ambos já falecidos; em Belo Horizonte, aos professores doutor João Paulo e sua esposa, doutora Julieta, com quem trabalhou por 13 anos; e por toda a vida, à família, pelo apoio que o permitiu chegar onde chegou. Descontraído, Vicente relembra as histórias de vida e conta um episódio engraçado. Certa vez, realizara o posicionamento de um paciente na mesa de exame com o auxílio de um estagiário e, em seguida, foi para trás da cabine. Chamou o estagiário para vir se proteger, pois já ía começar o exame. Quando percebeu, o paciente vinha correndo apavorado atrás do estagiário. Se fosse iniciar sua vida hoje, Vicente conta que escolheria novamente a profissão de técnico de radiologia, pois acha que uma função tão importante como esta dignifica e faz a vida valer a pena. Sem meias palavras, ele encerra a entrevista afirmando que o técnico tem que fazer da carreira uma religião, exercendo a profissão com ética e amor, pois é a figura diante de seres humanos que precisam da atenção.

 

JORGE BEZERRA ESPÍNDOLA
70 anos de idade
54 anos dedicados às técnicas radiológicas
Casado com Eugênia Rodrigues Espíndola, tem cinco filhos e cinco netos
Sem rodeios, discutia as técnicas radiológicas em praça pública com os amigos

O amor pela Radiologia veio de casa. Seu pai, Tibúrcio Bezerra Espíndola, foi operador de raios X e, desde cedo, motivou o filho a seguir o mesmo caminho. Não poderia ser diferente. Com apenas 16 anos de idade, Jorge se tornou manipulador de raios X. Poucos anos depois, identificado com a profissão, decidiu se qualificar e se formou técnico pela antiga FUSAM. Logo em 1963, conseguiu seu primeiro contrato de trabalho no INPS e, daí por diante, não parou mais, até que sua história de vida chega num ponto interessante para todo o Brasil. Na Grécia antiga, os filósofos e pensadores da época se reuniam em praça pública para discutir teses e teorias. Por meio da retórica, personagens como Sócrates, Platão e Aristóteles se fixaram no imaginário coletivo e hoje permeiam as culturas espalhadas pelo mundo. Algo parecido aconteceu em Recife e permitiu o assondamento das profissão no Nordeste. Por volta da década de 1960, Jorge Bezerra e seus amigos de profissão se reuniam nas praças públicas da capital pernambucana, para debater e discutir as técnicas radiológicas, já que não contavam com uma instituição, sede ou sequer um lugar específico para isso. Foi dessas reuniões informais na rua que, primeiro, nasceu a ideia de criar a Associação dos Técnicos em Radiologia do Estado de Pernambuco (ATREPE) e, posteriormente, o sindicato da categoria na região. Jorge esteve presente na posse da primeira diretoria do CONTER e, até hoje, trabalha como Conselheiro no CRTR 15ª Região. Com subsídio institucional, Jorge Bezerra ajudou a categoria e a profissão a evoluir até o status atual e, muito humildemente, ele atribui o sucesso da empreitada não só a si mesmo, mas, também, a todos os companheiros que dedicaram a vida à causa. Diz-se muito feliz pela homenagem e reconhecimento, ao tempo em que renova a fé de que os novos profissionais, aqueles que não trabalham só pelo dinheiro, podem salvar o sistema público e humanizar o atendimento, para o bem da sociedade brasileira.

 

PLÍNIO DENARDI
35 anos dedicados às técnicas radiológicas
Casado com Sueli Denardi
Tem quatro filhos e dois netos
De tanto se perder se encontrou na Radiologia

Filho de agricultores, nascido em Erebango, no Rio Grande do Sul, lutou pela sobrevivência com seus dez irmãos até ser convocado pelo serviço militar. A vida seguia entre muitas dificuldades, até que nosso personagem decide mudar para Chopinzinho, no Paraná, em 1962. Lá, passou os dez anos seguintes, até que uma nova oportunidade parecia ser o caminho a ser seguido. Em 1972, mudou para Pato Branco e aprendeu a profissão de motorista. Mas aquela não era a escolha que ia mudar sua vida. Três anos depois, apareceu a grande oportunidade de mudar o futuro. O trabalho como motorista não lhe rendia o suficiente e quando foi surpreendido pelo convite do cunhado, Abel dos Santos, para fazer o teste de operador de raios X, aproveitou o período de férias do seu serviço para encarar este novo desafio. Seu professor, amigo e mentor foi o doutor Orlando Sérgio Hecker, o primeiro profissional da área na região sudeste do Paraná. O dia a dia no novo ofício era puxado, a tecnologia era pouca, todos os processos eram manuais. No início, enquanto o doutor Orlando ia fazendo os contrastes, Plínio revelava os exames. Logo, aprendeu a fazer tudo e foi motivado a se especializar. Passados 40 dias de treino, Plínio se viu apaixonado pela profissão e quando recebeu uma proposta de emprego, não hesitou e largou a profissão de motorista para se dedicar exclusivamente às técnicas radiológicas. Este novo emprego lhe pagava três vezes mais que o anterior e, agora sim, era possível criar a família e garantir o futuro dos filhos. No início, se sentia pouco à vontade, não estava acostumado a ficar entre quatro paredes com pessoas precisando da sua ajuda. Mas, motivado pela mulher Sueli, persistiu até se sentir bem e, finalmente, tomar gosto pelo ofício. Tanto que passou 35 anos no mesmo posto de trabalho. Plínio se orgulha do resultado, afinal, pôde oferecer aos 3 filhos biolígicos a chance de estudar e se formar. A mesma oportunidade teve o quarto fiho, adotado em 1994. Passadas todas as dificuldades, acabaram todas as dúvidas, em Plínio restou apenas a certeza de ter seguido o caminho certo.

 

ALDO VIDAL
64 anos de idade
Mais de 30 anos dedicados às técnicas radiológicas
Casado com Maria Helena, tem três filhos e dois netos
Sem rodeios, discutia as técnicas radiológicas em praça pública com os amigos

Desde muito pequeno, se mostrou um menino aplicado e estudioso e isto fez com que seus pais e irmãos depositassem nele as esperanças de um futuro melhor. Foi o único da família que conseguiu estudar. Durante toda a infância, sempre ajudou nos serviços de casa, carregando água de um poço próximo, cortando lenha para o fogão e mesmo levando comida em marmitas para os irmãos mais velhos que trabalhavam no centro da cidade. Iniciou seus estudos no Grupo Escolar Olívio Amorim. Em 1960, foi para a Escola Técnica Industrial, onde cursou o antigo ginásio. Em 1965, foi para o Instituto Estadual de Educação, onde concluiu o segundo grau. Assim que completou 18 anos, aprendeu a dirigir e passou a estudar à noite para trabalhar como taxista durante o dia. Neste período, fez concurso e foi admitido para trabalhar no Hospital Infantil Edite Gama Ramos, em Florianópolis. Prestou vestibular para Engenharia e ingressou na UFSC, onde cursou quatro fases. Durante o período em que cursava a faculdade, trabalhava à noite e, no ano de 1975, casou-se com Maria Helena, com quem teve três filhos. Ficou difícil levar adiante a universidade e surgiu então a oportunidade de fazer o curso de Técnico em Radiologia. Ainda antes de terminá-lo, foi convidado para trabalhar como técnico na Clínica Radiológica Dr. Carlos Corrêa, onde prestou serviços pelos dez anos seguintes. Passou em concurso público e, em abril de 1978, começou a exercer a função de Técnico em Radiologia no extinto INAMPS, onde se aposentou em novembro de 1998. Aldo não se limitou a aprender, decidiu ensinar e se tornou professor. É grande responsável pela formação de grande parte dos profissionais que hoje atuam em Florianópolis, Blumenau, Criciúma e Ararangua. Mas não se limitou  também a somente ser professor e se tornou dirigente da categoria, tendo participado dos movimentos mais importantes da profissão na sua região.

 

PAULO CESAR RAMOS DORZEE
65 anos de idade
Mais de 40 anos dedicados às técnicas radiológicas
Solteiro, tem um filho
Começou a trabalhar aos 13 anos de idade, e não parou mais

Tudo começou em 1969, quando Paulo foi convidado pelo di­retor do Instituto de Previdência Social do Estado da Bahia para trabalhar no serviço de radiologia da entidade. Não havia tempo a perder, o povo precisava de atendimento, o esquema era aprender e trabalhar, tudo ao mesmo tempo. Começou a fazer a parte prática do trabalho com orientação do saudoso Pedro Castillho e, à noite, tinha aulas teóricas com o técnico em Radiologia Albino Matos da Silva, um dos precursores da radiologia na Bahia. Antes da criaçao da Delegacia, em 1987, junto com alguns colegas, fundou a Associaçao Profissional dos Tecnicos em Radiologia do Estado da Bahia, onde exerceu o cargo de tesoureiro. Junto com os colegas da associaçao, lutou pela criação do CRTR 8ª Região. O trabalho deste gru­po de profissionais é realmente notável. A Bahia foi o primeiro Regional a adquirir sede própria, comprada com recursos próprios. Paulo orgulha­-se de ter recebido o Conselho com apenas 270 tecnicos inscritos e, após viagens ao interior do Estado e à capital, ter concluído sua gestão com mais de 1290 técnicos inscritos. Paulo também foi o primeiro Técnico em Radiologia da Bahia a ser conselheiro do CONTER e foi nessas andanças até Brasília que adquiriu seu maior medo: andar de elevador. Certa vez, ficou preso num, em plena capital da República. Desde então, nunca mais entrou em outro, prefere as escadas. Teve uma vez que Paulo saiu da Bahia para uma reunião de presidentes em São Paulo. Ao chegar no prédio, dis­seram que o evento era no 44º andar. Paulo virou as costas e voltou para o hotel. Nada mais elementar, de costas para os elevadores e de frente para a vida. Nosso personagem é uma das figuras mais importantes do sistema CONTER/CRTRs. Deu uma contribuição inestimável para evolução das técnicas radiológicas no Nordeste e, até hoje, é figura presente e respeitada pelos seus pares.