PROTEÇÃO

“Sem profissionais habilitados, não existe proteção radiológica”, argumenta CONTER, em simpósio científico

Romário Costa/Ascom CONTER
26/04/2019
PROTEÇÃO

Em simpósio que reuniu autoridades da Radiologia, presidente do CONTER defendeu que a radioproteção passa também pela qualificação dos trabalhadores que estão operando equipamentos emissores de radiação

Nos últimos dias de 23 e 24, aconteceu, em São Paulo/SP, o I Simpósio sobre Exposição Ocupacional a Radiações ionizantes no Brasil, que reuniu autoridades da sociedade civil e do governo para discutir a saúde do trabalhador exposto nos diversos campos da Radiologia. O presidente do CONTER, Manoel Benedito Viana Santos, participou de uma das mesas de discussão e defendeu o combate ao exercício ilegal da profissão como a principal ferramenta de radioproteção.

“É necessário reforçar que os profissionais devidamente qualificados para exercer as técnicas radiológicas são os técnicos e tecnólogos em Radiologia. Temos situações, que estão judicializadas, de profissões que não tiveram o devido preparo para lidar com equipamentos emissores de radiação ionizante ocupando vagas de quem recebeu formação completa para exercer essas atividades. Nosso trabalho, como representantes públicos, é de sensibilizar a sociedade de que contratando outros profissionais, por questões unicamente financeiras, estão expondo operadores e público aos riscos inerentes do trabalho com radiação”, defendeu o presidente em sua fala.

Além disso, Manoel Benedito esclareceu quais medidas estão sendo tomadas pelo Conselho Nacional para garantir a proteção de trabalhadores e população. “O CONTER tem tomado medidas que, a médio e longo prazo, trarão impactos positivos para o mercado. Reforçamos as coordenações de educação em todas as regiões, porque a base do desenvolvimento é a educação e a busca qualificação constante; instalamos grupos de trabalho, como a Comissão Nacional de Radioproteção e Dosimetria (CNRD) e câmaras técnicas, formadas por especialistas renomados que auxiliam o Conselho com estudos para implementação de políticas públicas e de uma cultura de radioproteção e, principalmente, fortalecemos a fiscalização”, explanou.

Fiscalização

Na oportunidade, foram apresentados os resultados do trabalho fiscalização em 2018. Em relação ao ano anterior, houve crescimento de 7% no número de estabelecimentos fiscalizados, o total de cidades visitadas cresceu 16% e o quantitativo de profissionais atendidos aumentou 3,1%, chegando a 33,1% dos 118.935 trabalhadores registrados e habilitados para o exercício da profissão.

Para ampliar a abrangência da fiscalização, o CONTER firmou convênio para fiscalização conjunta com Conselhos de Enfermagem, com a Vigilância Sanitária e, nesta semana, com o Ministério Público do trabalho.