CONTER Conselho Nacional de Técnicos em Radiologia

O Ministério da Saúde instituiu, em 29 de janeiro de 2004, o Dia Nacional da Visibilidade Trans. A data tem o intuito de promover discussões sobre aspectos importantes da vida dessas pessoas, que vão desde o acesso à saúde pública até o direito básico da vida. A expectativa média de vida de uma pessoa trans é algo em torno de 35 anos. A pessoa transgênera é aquela que não se identifica com o gênero que lhe foi atribuído no nascimento, como transexuais e travestis. 

 

O presidente do Conselho Nacional de Técnicos em Radiologia (CONTER), Manoel Benedito Viana Santos, afirma que o trabalho do profissional da saúde dentro e fora das instituições hospitalares pode ser ferramenta de mudança e conscientização sobre questões de gênero. “Toda a sociedade tem responsabilidade sobre as vidas dessas pessoas e o respeito é a chave de tudo; mas ao profissional da saúde cabe um dever especial, o acolhimento. A discriminação não é uma característica aceitável em um trabalhador que cuida de vidas. Os transgêneros, como qualquer outro cidadão, têm direito a um atendimento digno, que envolve, entre outros aspectos, o reconhecimento de suas identidades de gênero”, defende Manoel Benedito. 

 

Para o diretor-secretário do órgão, Adriano Célio Dias, ainda há muito que se progredir no que diz respeito ao acesso a garantias básicas pela população trans, mas o CONTER tem buscado esse reconhecimento. “Em 2018, nós publicamos a Resolução CONTER nº 8/2018, que garante aos profissionais transgêneros que eles sejam identificados pelo nome social. O acolhimento deve acontecer em todas as vias possíveis. A categoria deve acolher os trabalhadores que, por sua vez, atenderão os pacientes. É uma corrente do bem que tem a finalidade de promover igualdade de tratamento e condições de vida saudáveis”, pondera.