SER DIFERENTE É NORMAL

Estudos concluem que famílias de pessoas com síndrome de Down são felizes

Disability Scoop/Portal Deficiente Consciente, tradução Patrícia Almeida
05/10/2011
SER DIFERENTE É NORMAL

Estudos concluem que famílias de pessoas com síndrome de Down são felizes. Ter filhos com síndrome de Down é considerado uma boa experiência, segundo pesquisas

Ter um filho com síndrome de Down pode ser uma surpresa, mas é uma boa experiência. É o que famílias vem relatando em três novos estudos.

Pesquisadores entrevistaram mais de 3.000 membros da família e as pessoas com a ocorrência cromossômica em todo o país (EUA) para o que se acredita ser um dos maiores levantamentos sobre a vida de pessoas com síndrome de Down jamais realizado. Os resultados, que serão publicados em três artigos na edição de outubro do American Journal of Medical Genetics, descrevem um cenário bastante animador.

A grande maioria dos pais disse ter uma visão mais positiva sobre a vida por causa de seu filho com síndrome de Down. E, quase 90 por cento dos irmãos indicaram que sentem que são pessoas melhores por causa de seu irmão ou irmã com a deficiência de desenvolvimento.

Quase todos os entrevistados com síndrome de Down disseram que são felizes com suas vidas, consigo mesmos e com sua aparência. Apenas 4 por cento disseram que não estavam satisfeitos com suas vidas.

“Enquanto a discussão internacional gira em torno dos novos testes pré-natais para detectar a síndrome de Down, os familiares já sabiam o que dizer sobre a vida com síndrome de Down”, disse Susan Levine da ONG Family Resource Associates, que trabalhou no estudo com pesquisadores do Hospital Infantil de Boston e Dana-Farber Cancer Institute. “E, mais importante, as pessoas com síndrome de Down declararam claramente que consideram suas vidas valiosas.”

Pesquisadores fizeram reconhecer que a população do estudo poderia ser um pouco tendenciosa uma vez que todos os entrevistados são de famílias que são membros de associações de síndrome de Down. No entanto, eles dizem que as descobertas são importantes porque oferecem o “retrato maior e mais abrangente da vida com síndrome de Down até hoje.”